terça-feira, 5 de outubro de 2010

O voto cristão



No dia 27 de setembro, participaram do debate especial da rádio 93FM o pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus da Penha, o reverendo Guilhermino Cunha, da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, a cantora Léa Mendonça, da MK Music, que também é pastora auxiliar da Igreja Batista Renovada Nova Jerusalém, e a psicóloga Elaine Cruz, mestre em Educação.

Entre os temas discutidos pelos participantes estavam questões como a importância de votar, a qualificação dos políticos, o voto nulo e também a atitude dos cristãos em  relação à política.

Para o reverendo Guilhermino Cunha, o voto é a arma do cidadão para mudar. Ele tem que ser livre, consciente, ético e responsável, não pode jamais ser vendido. Aquele que vende seu voto não merece respeito, afirma o reverendo. A psicóloga Elaine Cruz disse que é preciso avaliar bem o político. Antes de votar, é necessário se informar, ler sobre os candidatos e conhecer suas propostas, disse Elaine.

Outro assunto explanado durante o debate foi o voto nulo, já que muitas pessoas estão decepcionadas com o cenário político do país. Várias campanhas publicitárias foram veiculadas na mídia para incentivar os brasileiros a não desperdiçarem seus votos. Segundo o pastor Silas Malafaia, o voto nulo é  uma declaração de  imparcialidade. Quando o povo anula, principalmente, os votos para deputado estadual e federal, está perdendo a oportunidade de ter alguém que possa representar seu segmento. Está dizendo que não se importa com a situação do país e não poderá reclamar depois. É um direito que a pessoa tem, mas não é inteligente. Todos nós temos responsabilidade com a sociedade. A igreja, como corpo de Cristo, não precisa de ninguém, mas está inserida no meio, enfatiza Silas.

A qualificação dos candidados também foi discutida. Apesar da baixa qualidade cívica dos candidatos, não podemos deixar de exercer o direito do voto. Devemos aplicar a técnica do menos ruim", comenta Guilhermino. Segundo ele, o político deve ser competente, ter caráter e, acima de tudo, ser cristão. A cantora Léa Mendonça concorda que se deve priorizar o candidato evangélico. Não somos obrigados a votar em crente, mas é melhor". A psicóloga Elaine Cruz também disse que prefere votar em evangélicos. Mas não basta ter a mesma crença; é preciso ética, capacitação, vontade política e responsabilidade", arrematou.

Todos foram unânimes ao afirmar que o pastor não deve misturar política com a igreja. Segundo eles, é preciso separar bem as duas atividades, já que o  ministro de Deus foi chamado para cuidar das ovelhas, da igreja. E o político tem muitas questões para resolver. Os dois serviços ficam impraticáveis; acaba não exercendo bem a política e  nem cuidando das ovelhas como deveria. Para o reverendo Guilhermino Cunha, o pastor pode até ser um político, desde que se licencie do ministério pastoral.

uma entrevista feita a IHU On-line:

IHU On-Line – Esse resultado era esperado?
Rudá Ricci – Não, de maneira alguma eu esperava. O que eu achava, mas não esperava, era que se tivesse segundo turno, era porque faltaria um por cento para Dilma chegar aos 50%. Isso porque a Dilma tinha estancado sua queda e o Serra estacionou. Aqui em Minas foi uma situação muito surpreendente. Para se ter uma ideia, em Belo Horizonte, a Marina venceu a Dilma e o Serra. Ela fez 41% dos votos. É a mesma votação que ela fez no Distrito Federal. O impacto da vitória da Marina é muito maior porque as duas maiores lideranças do PT em Minas, o Fernando Pimentel e Patrus Ananias, foram derrotados neste pleito. O PT sai esfacelado daqui de Minas Gerais. E Marina aparece com uma força política enorme pelo voto dos evangélicos, dos jovens e das mulheres indecisas que votaram nela no final. Essa é a grande novidade que não esperávamos nem de longe. Você via o voto evangélico nesses últimos dias, mas não nessa pujança que vimos no final.


IHU On-Line – O que esperar do segundo turno?
Rudá Ricci – Bom, primeiro precisamos ver o que a Marina vai fazer. Ela é a balança. Marina já tinha anunciado que, se houvesse segundo turno e ela não chegasse, não apoiaria nem um nem outro. Porém, se ela cai fora, a questão é: para onde vão essas três fatias, os jovens, as mulheres indecisas e, principalmente, os evangélicos, que votaram nela? Estes, em termos de massa de votos, são os mais importantes. Agora há pouco o Ricardo Noblat postou uma nota no Twitter dizendo que o Índio da Costa está abrindo mão da vice-presidência da chapa do Serra para que o Fernando Gabeira assuma no seu lugar. Isso é um fato novo, mas Gabeira pode assustar muito o voto evangélico. Mas essa nota mostra que a novidade, nesse momento, está nas mãos do Serra e não da Dilma. Só o apoio da Marina pode aumentar os votos da Dilma. E o Serra tem todo um espectro político-eleitoral em segmento social que ele não tinha e pode acrescentar. Então, para mim, a soma dos votos está zerada.


IHU On-Line – A soma dos votos de Serra e Marina está além do total de votos de Dilma. Este eleitor que não está satisfeito com nenhum dos candidatos que vão para o segundo turno pode ser conquistado com que tipo de discurso?
Rudá Ricci – A questão está com os evangélicos. O IBGE estima que em cinco anos os protestantes significarão 50% da população brasileira que declara sua religião. É um segmento em ascensão no país. Outra característica: é um voto em bloco. O voto dos evangélicos é muito fiel à estrutura de suas igrejas e não apenas à sua religiosidade. Então, para onde forem os bispos e pastores, o voto vai junto. Lula até tem um acordo político com parte deles, mas esse acordo não valeu agora. Vamos ver o que o Lula fará em relação a esse agrupamento político.
O discurso que o conquistará, portanto, é conservador. Esse eleitorado é conservador: contra o aborto, contra o casamento homossexual, contra qualquer característica da ciência acima da fé, está a favor da família. Este grupo é conservador nos seus hábitos, inclusive na vestimenta. Nesse caso, os dois candidatos não têm perfil que facilite essa aproximação com os conservadores. Então, de novo, é o acordo formal com as igrejas que vai definir essa aliança. Os próximos 15 dias definem a eleição.


IHU On-Line – Plínio de Arruda conseguiu atingir o seu objetivo de discutir o que “não era dito”?
Rudá Ricci – Plínio saiu maior do que o partido e maior do que seu próprio discurso. O Plínio, para alguns, é um senhor que fala o que quer, muito inteligente, mas sem peso político. Ele é um senhor respeitado, que foi muito engraçado, mas não politizou mais o país.


IHU On-Line – Dado os resultados, qual a sua visão da presença do lulismo?
Rudá Ricci – Ele ganha uma bancada gigantesca no Congresso Nacional. Lula tem uma inserção importante no Nordeste e em quase todo país. Você pode abrir o mapa das eleições e ver que a Dilma ganhou em quase todo país. Ganhou no Rio de Janeiro, em todo Nordeste, Paraná, Rio Grande do Sul. Lula, sai, portanto, forte. Agora, vamos ver como ele vai jogar. Acredito que ele vá jogar muito pesado. Ele sabe, como todo líder pragmático, que lhe falta o voto dos evangélicos.


Parte da matéria foi retirada do site
http://www.elnet.com.br/igreja_interna.php?materia=824




espero que  votem certo! A paz do Senhor a todos

Um comentário:

  1. gostei da mensagem
    realmente os evangelicos presisam votar em lideres que defendam nossos direitos!
    e pra quem acha que não haviam politicos na biblia fica aqui:
    "Chegou José de Arimatéia, SENADOR HONRADO, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
    ...E, tendo-se certificado pelo centurião,pilatos deu o corpo a José;
    O qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro".(marcos 15.43)
    a paz washington!
    Que Deus te abençoe.
    nanda.

    ResponderExcluir